Desde
quando o ser humano descobriu a agricultura, a produção de alimentos oriundos
do cultivo da terra tem sido a principal fonte de sustento das populações do
planeta. No entanto, o modo de produção capitalista deixou de atender as
necessidades dos povos e vem proporcionando cada vez mais a falta de alimentos
para os menos favorecidos. Esse tipo de produção é destinado quase sempre ao
mercado externo, sem considerar a demanda local. É, nesse contexto, que a
produção agroecológica de alimentos surge como garantia de autonomia e
segurança alimentar das famílias, principalmente do Semiárido.
A
prática agroecológica permite que as famílias decidam o que necessitam produzir
para sua subsistência e comercialização local, sem o uso de agroquímicos nem a
necessidade de atender aos interesses de terceiros. Um bom exemplo de
soberania, segurança alimentar e saúde é proporcionado pela agricultora Maria
do Socorro Gomes de Brito, conhecida como dona pequena, do grupo de Mulheres
Doce Esperança, da comunidade de São José de Pilotos – município de Santa Cruz
da Baixa Verde – PE.
Favorecida
pelo clima mais ameno da região, ela se dedica à produção de hortaliças e
fruteiras no quintal de casa desde a década de 1980. No início, quando conhecia
a Agroecologia usou adubo químico no quintal e perdeu todos os canteiros de
coentro. Porém, incentivada pelo Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras
Rurais do município adotou um novo modo de vida saudável para ela, sua família,
seus clientes e para o meio ambiente. A produção que antes era vendida apenas
porta a porta, hoje é comercializada na Feira Agroecológica de Serra Talhada –
PE.
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